sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Testemunhos de pessoas que mudaram de vida por Jesus e Maria

Testemunho de um homem de Deus
Testemunho de Vida de Walmir Alencar: Minha vida é pura misericórdia! Nasci no dia 29 de Julho de 1967 em Registro Baixada Santista, no estado de São Paulo.E jamais pensei em ser músico, nem sequer ser de Deus ou até mesmo como servi-lo como sirvo hoje. Desde pequeno fui criado em meio a uma grande indecisão. Minha Família era Espírita, onde se invocavam os mortos, com toda a família constituida nós buscamos uma tal felicidade que parecia ilusão. porque nunca haviamos em nossa casa. Parecia que quanto buscava-mos esses lugares ficavam mais distantes.A minha rebeldia e desavenças entre nós faziamos que vivêssemos num confronto diário de desamor.Em minha adolescência essa busca por um alento aumentou, mas com ela minha infelicidade também, pois eu buscava em meio a pessoas que viviam num verdadeiro lamaçal de pecados. Eu freqüentava todos os dias um lugar onde rolava de tudo: drogas, sexo livre...E pensando em estar seguro, eu até dizia aos que me criticavam: “Eles sim são minha família! Pois eu nunca tive outra!”. Mas freqüentemente os “amigos” que ali eu conhecia não duravam muito tempo: Uns morriam por assassinato e outros por drogas, e eu simplesmente ia restando.
Enquanto isso, em casa, eu assistia de camarote a minha família se desfazer: Meus pais se separando, minha irmã mais velha tornando-se mãe solteira, sendo que já não tínhamos nem condições financeiras para cuidar dos outros irmãos. E além de tudo isso, o irmão mais novo cai do muro e falece. Parecia que nossa sorte era a desgraça.



Minha mãe não agüentando segurar tudo sozinha, um dia de manhã quando nós acordamos, vimos um bilhete dela dizendo que era para a gente se cuidar porque ela estava indo embora.A partir dali cada um foi viver sua vida.



Foi nesse tempo que com 16 anos de idade, já vivendo em São José dos Campos/SP, recebi um convite de um jovem vizinho para participar da Missa da juventude. Mas somente depois de alguns meses, ao passar sem querer em frente da Igreja num domingo de manhã, acabei entrando para participar da Missa. Eu estava com chinelo de dedo, todo sujo, cabeludo, roupas velhas e nem mesmo sabia fazer o sinal da cruz, mas ao ver a alegria daqueles jovens cantando e dançando, não me importei com mais nada. Chorei muito, pois havia encontrado a verdadeira felicidade! E uma frase queimava no meu peito: “Aqui é meu lugar”. Fui batizado aos 17 anos na mesma Igreja. Comigo também três irmãs acima de minha idade e outra mais jovem que eu. Uma delas recebeu três Sacramentos num mesmo dia: Batismo, Primeira Comunhão e Matrimônio. Foi uma Festa!
Hoje minha maior felicidade é ver minha família buscando o Senhor. Depois de alguns anos encontrei minha mãe e voltei a morar com ela. Nesse tempo todas as minhas irmãs já freqüentavam o grupo de oração. E minha mãe foi reconquistando toda a família novamente com seu testemunho de vida. Entrou para a Igreja e se casou em Maio de 2003.Deus é santo e bom em tudo o que faz! Continuo esperando em Deus e não desanimo.Ainda que falte alguma coisa para o Senhor ajustar em minha casa, como meu irmão que por causa de tráfico de drogas ficou no Carandiru até fechar e há muitos anos vive de presídio em presídio, eu levo comigo esta promessa: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua família" (Atos 16, 31)


Mas Deus sempre traduziu esta palavra para mim desta forma: ”Se você cuida da minha Obra, Eu cuido da sua família”.
TESTEMUNHO DE GLORIA POLO

Extraído de uma das entrevistas feitas à Dra. Gloria Polo na Rádio Maria (Colômbia).

Irmãos! Realmente é muito lindo poder estar aqui compartilhando esse maravilhoso presente que o Senhor me deu há mais de 10 anos. Isso aconteceu em 8 de maio de 1995 na Universidade Nacional de Bogotá. Eu e um sobrinho estávamos nos especializando em odontologia e tínhamos que buscar uns livros na Faculdade de Odontologia numa sexta-feira à tarde. Meu esposo estava conosco. Estava chovendo muito forte, eu e meu sobrinho estávamos debaixo de um pequeno guarda-chuva e meu esposo tinha sua jaqueta impermeável e se aproximou da parede da Biblioteca Geral, e nós, enquanto saltávamos as poças d’água, sem perceber nos aproximamos de umas árvores. Quando fomos saltar uma grande poça, caiu um raio sobre nós. Nos deixou carbonizados e meu sobrinho faleceu ali. Ele era um rapaz, apesar da pouca idade, muito entregue ao Senhor e era muito devoto do Menino Jesus. Ele usava uma medalhinha do Menino Jesus no peito, dentro de uma moldura de cristal. Segundo o laudo, o raio entrou através da medalha e atingiu-lhe o coração, queimando-o por dentro e saindo pelo pé, mas por fora ele não se carbonizou, nem se queimou. Por outro lado, o raio entrou em mim pelo braço, me queimou de forma espantosa todo o meu corpo, por fora e por dentro. Isso que estão vendo aqui, este corpo reconstituído, é misericórdia de Nosso Senhor. Fui carbonizada, fiquei sem seios, praticamente me desapareceu toda minha carne e minhas costelas, o ventre, as pernas... o raio saiu pelo meu pé direito, me carbonizou o fígado, se queimaram os rins, os pulmões... Eu usava DIU, de maneira que o T de cobre, bom condutor elétrico, me carbonizou, me pulverizou os ovários, tive uma parada cardíaca, fiquei ali, sem vida, meu corpo pulava por causa da eletricidade que ficou por todo este local. Mas vejam, esta é só a parte física. A parte mais bonita, a parte mais linda, é que enquanto meu corpo estava ali carbonizado, eu, neste instante, me encontrava dentro de um lindo túnel branco, era uma delícia, uma paz, uma felicidade que não há palavras humanas para descrever a grandeza deste momento, era um êxtase imenso, eu ia muito feliz, nada me pesava dentro deste túnel, olhei ao fundo desse túnel e havia como um sol, uma luz lindíssima. Eu digo que é branco para colocar uma cor, mas nenhuma das cores é comparável humanamente a essa luz maravilhosa. Eu sentia a fonte de todo esse Amor, dessa paz...
Quando eu vou subindo, digo...  “Quarta-feira! Eu morri!” E nesse instante penso nos meus filhos e digo: “Ai meu Deus, meus filhos! O que vai ser deles? Essa mãe tão ocupada, nunca teve tempo para eles.” Aí me dou conta da minha realidade de vida e me sinto triste. Saí de minha casa para transformar o mundo e meu lar, meus filhos, pareciam demais para mim.
Neste instante de vazio pelos meus filhos, dou uma olhada e vejo algo belo... Meu corpo já não estava nas medidas de tempo nem de espaço daqui da Terra, e vi todas as pessoas num mesmo instante, num mesmo momento, todas as pessoas, as vivas e as mortas e abracei os meus bisavós. Abracei meus pais que já haviam falecido, abracei a todos e foi um momento pleno e maravilhoso. Aí me dei conta de que havia caído por terra a teoria da reencarnação e eu via meu avô, meu bisavô, eles me abraçaram por um momento e encontrei com todas as pessoas que tiveram a ver comigo em minha vida, em todo lugar, ao mesmo instante. Só minha filha de 9 anos (que estava viva) que se assustou quando a abracei, ela sim sentiu meu abraço. Não havia passado nada de tempo nesse momento tão lindo, e que maravilha estar sem o corpo! Já não via as coisas como antes, quando só olhava se alguém era gordo,
ou magro, ou feio, ou negro, sempre olhando com critérios. Não era assim quando não tinha meu corpo humano. Eu podia ver o interior das pessoas, como é lindo poder ver o interior das pessoas! Ver nelas seus pensamentos, seus sentimentos. Abracei a todos em um instante e, no entanto, eu continuava subindo e subindo, cheia de alegria. Quando senti que ia desfrutar de uma vista fantástica onde havia no fundo um lago belíssimo, neste mesmo instante, ouço a voz do meu esposo, ele chora e com um grito profundo e cheio de sentimento me grita: “O que aconteceu? Gloria! Por favor, não se vá! Volte, Gloria! As crianças, Gloria! Não seja covarde!” Neste instante, dou uma olhada como que global e o vejo chorando, com muita dor e então o Senhor me concede regressar. Eu não queria vir, de tanta alegria, paz e felicidade. Então, comecei a descer devagar, buscando meu corpo e me encontrei sem vida. Meu corpo estava na maca da enfermaria da Universidade Nacional de Enfermagem, via como os médicos davam choques elétricos em meu coração para me salvar da parada cardíaca. Durante duas horas e meia fiquei ali jogada, porque não podiam nos levar dali porque “lhes passávamos corrente” a todo mundo, até que finalmente deixamos de “passar corrente” e puderam nos atender. Começaram a me reanimar. Eu cheguei e pus os meus pés aqui no topo de minha cabeça e com violência uma faísca entrou  em mim. Eu entrei no meu corpo, me doeu muito entrar e senti que saíam faíscas por todos os lados. Eu sentia encapsular-me nisto “tão pequenininho”. E a dor que sentia, minha carne queimava, como me doía! Saía fumaça e vapor. E a dor mais terrível, a dor de minha vaidade. Eu tinha critérios para tudo, era uma mulher executiva, era a intelectual, a estudante, a escravizada pelo corpo, escrava da beleza e da moda: 4 horas diárias de exercícios aeróbicos. Escravizada para ter um corpo bonito. Massagens, dietas, bem... de tudo o que possam imaginar, essa era minha vida. Uma rotina de escravidão por um belo corpo. E eu dizia: Bem...se tenho seios bonitos é para mostrar, assim como minhas pernas, porque sentia que tinha pernas esculturais, assim como os seios, e num instante via tudo com horror. Toda uma vida cuidando do corpo. Isso era o centro da minha vida, o amor ao meu corpo.  E já não havia corpo. Nem seios. Havia uns buracos impressionantes em todo o seio esquerdo, estava praticamente desaparecido, e minhas pernas, era o mais terrível, havia pedaços vazios e sem carne, tudo preto, carbonizado...
Dali me levaram ao Seguro Social, rapidamente me operaram e começaram a raspar todos os meus tecidos queimados. Quando estou anestesiada, volto a sair do meu corpo. Estava olhando o que faziam os médicos com o meu corpo. Estava preocupada com minhas pernas. De repente aconteceu algo terrivelmente horroroso. Porque conto a vocês, irmãos, eu fui uma “Católica Dietética” durante toda a minha vida. Minha relação com o Senhor era uma eucaristia aos domingos, em missas de 25 minutos, onde o padre falasse menos, porque que desespero e que angústia! Essa era minha relação com Deus. E como essa era a relação que eu tinha com Deus, todas as correntes do mundo me arrastavam como um cata-vento, a ponto de que quando já estava me especializando nos estudos, o mundo me dizia que o inferno não existia, que os diabos não existiam. Medo? Quem disse? Mas vergonhosamente confesso que a única coisa que me mantinha na igreja era o medo do diabo. Quando me diziam que não existe, que luta! E eu dizia: “Bem...Todos vamos para o Céu, não importa como somos.” Então, isso terminou afastando-me de uma vez do Senhor. O pecado não ficou só em mim e começo a piorar ainda mais minha relação com o Senhor. Começo a dizer a todo mundo que os demônios não existem, que são invenção dos padres, que são manipulações. Com meus companheiros da Nacional, comecei a acreditar no conto de que Deus não existia e que éramos produto da evolução. Vejam, quando me vejo neste instante, que susto terrível! Vejo uns demônios que vêm buscar seu pagamento: Eu! Nesse instante, começo a ver como da parede do centro cirúrgico começam a brotar muitíssimas pessoas. Aparentemente pessoas comuns, mas com um olhar de ódio tão grande, um olhar espantoso, e me dou conta que neste instante que em meu corpo há uma sabedoria especial e percebo que devo algo a todos eles, que o pecado não foi grátis e que a principal infâmia e mentira do demônio foi dizer que não existia, e vejo que vêm ao meu encontro e começam a me rodear e querem me levar. Vocês façam idéia do susto, do terror que senti. Essa mente científica e intelectual já não me servia de nada. Eu caía ao chão, tentava voltar para dentro do meu corpo, mas minha carne não me recebia. Neste susto tão terrível, saí correndo e não sei em que instante atravessei a parede do centro cirúrgico. Eu pretendia me esconder pelos corredores do hospital, mas quando passei pela parede do centro cirúrgico... “zas”, dei um salto no vazio...
Entrei por uma quantidade de túneis que vão para baixo. No princípio tinham luz e eram luzes como colméias de abelhas, onde havia muitíssima gente. Mas eu vou descendo e a luz vai se perdendo e começo a andar nos túneis de trevas espantosas e quando chego a umas trevas, essas não se coparam com as trevas que conhecemos. Imagine que o mais escuro do escuro que conhecemos se parece à luz de meio-dia comparado a essas trevas que vi. Não se pode comparar. Elas mesmas ocasionam dor, horror, vergonha e cheiram mal. E eu termino essa descida por entre todos os túneis e chego desesperada a uma parte plana... Essa vontade de ferro que eu dizia que tinha, onde me sentia capaz de tudo, já não me servia de nada. Eu queria subir, mas não podia, e estava ali. Vejo como nesse piso se abre uma boca enorme e sinto um vazio impressionante em meu corpo, um abismo ao fundo inenarrável, porque o mais espantoso desse oco era que não se sentia nem um pouco o Amor de Deus, nem uma gota de esperança e esse oco tem algo que me suga para dentro e eu grito aterrorizada. Eu sabia que se entrasse aí, minha alma estaria morta. Esse horror era tão grande e quando estou entrando, algo me sustenta pelos pés. Meu corpo entrou neste oco, mas meus pés estavam sustentados para cima. Foi um momento muito doloroso e terrível. Vejam só... Meu ateísmo ficou pelo caminho e comecei a gritar: “Almas do purgatório! Por favor, me tirem daqui!” Quando eu estava gritando, foi um momento de uma dor imensa, porque me dou conta de que aí se encontram milhares e milhares de pessoas neste oco, sobretudo jovens, e com dor me dou conta que começo a escutar ranger de dentes, com uns gritos e lamentações que me estremeciam.  Muitos anos me custaram  para assimilar isso, porque eu me punha a chorar cada vez que me lembrava do sofrimento destas pessoas, e percebo que ali estavam todas as pessoas que em um segundo de desespero se haviam suicidado e estavam nestes tormentos com todas as coisas que ai se encontravam, mas o mais terrível destes tormentos é a ausência de Deus. Não se sentia o Senhor. Nessa dor, começo a gritar: “Quem se equivocou? Olhem como sou santa! Jamais roubei, eu nunca matei, eu fazia compras para os pobres, eu extraía dentes de graça ajudando os que necessitavam. O que faço aqui? Eu ia à Missa aos domingos, apesar de que me considerasse atéia, nunca faltei, se faltei cinco vezes à Missa em toda a minha vida foi muito. Eu era alma que sempre ia à Missa. E o que faço aqui? Eu sou católica, por favor, eu sou católica, tirem-me daqui!” Quando estou gritando que sou católica, vejo uma pequena luz. Entendam que uma luz nestas trevas é o maior presente que alguém poderia receber. Vejo umas escadas por cima deste oco, vejo meu pai, que havia falecido cinco anos atrás, ele estava quase atrás do oco, tinha um pouquinho de luz e quatro degraus mais acima vejo minha mãe, com muito mais luz e numa posição de oração. Quando os vi me deu uma alegria tão grande e comecei a gritar: “Paizinho, mãezinha, por favor, me tirem daqui, eu suplico, me tirem daqui!” Quando eles baixaram a vista e meu pai me viu ali... se houvessem visto que dor tão grande eles sentiram; neste lugar podemos sentir os sentimentos dos outros, podemos ‘ver’ essa parte e ‘vi’ essa dor tão grande. Meu pai começou a chorar e colocava as mãos na cabeça e tremia: “Minha filha, minha filha!” E minha mãe orava, então percebo que eles não podem me tirar dali e a dor que me inundava era sentir a dor que eles sentiam e estavam compartilhando essa dor comigo. Começo a gritar de novo: “Por favor, vejam, me tirem daqui, eu sou católica! Quem se enganou? Por favor, me tirem daqui!” E quando estou gritando pela segunda vez, se escuta uma voz, é uma voz doce, é uma voz que quando a escuto, se estremece toda a minha alma, e tudo se inundou de amor e de paz, e todas estas criaturas saíram apavoradas, porque elas não resistem ao Amor, nem à paz e eu sinto essa paz, e essa voz me diz: “Muito bem, se você é católica, diga-me os dez mandamentos da lei de Deus.”
E que golpe tão horrível! Ouviram? Eu sabia que eram dez, mas daí em diante, nada! “Quarta-feira! O que vou fazer aqui?” Minha mãe sempre me falava do primeiro mandamento de Amor. Finalmente me serviu para alguma coisa. Vamos ver como me sairei dessa, pensava... Tomara que não se lembrem dos demais mandamentos. Pensava em manipular a situação, como sempre costumava fazer por aqui, eu sempre tinha resposta para tudo, tinha a desculpa perfeita, e sempre me justificava e me defendia de tal maneira que ninguém perceberia o que eu não sabia. Então começo a dizer: “O primeiro: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”... “Muito bem” – e me dizem: “Você O tem amado?” E eu digo: “Sim, eu sim, eu sim!” E é quando me dizem: “Não!” Vejam, quando me disseram “não!”, aí sim senti a corrente elétrica daquele raio, porque eu não percebi em que parte me havia caído o raio, não sentia nada, e me dizem: “Não! Você não tem amado ao seu Senhor sobre todas as coisas, e muitíssimo menos ao seu próximo como a você mesma. Você fez um deus e o acomodou à sua vida só nos momentos de necessidade! Você se prostrava diante Dele quando era pobre, quando sua família era humilde, quando queria se tornar uma profissional! Aí sim todos os dias você rezava, e se prostrava tempos inteiros, horas inteiras suplicando ao seu Senhor! Orando e pedindo para que Ele a tirasse dessa pobreza e permitisse que fosse uma profissional , que fosse alguém! Quando tinha necessidade, ou queria dinheiro, então rezava um Rosário ao Senhor. Essa era a relação que você tinha com o Senhor!” Eu via ao meu Senhor de verdade com tristeza. Comento que minha relação com Deus era de ‘caixa automático’. Rezava um Rosário e tinha que aparecer dinheiro, essa era minha relação com Ele. E me mostram, tão logo o Senhor me permitiu que tivesse uma profissão, que começo a ter um nome e começava a ganhar dinheiro, então o Senhor já me parecia “pequenininho”, e já comecei a ficar orgulhosa, nem sequer expressava uma mínima relação de amor com o Senhor. Ser agradecida? Jamais! Nem sequer abria os olhos dizendo... ‘Senhor, obrigada por este dia, obrigada por minha saúde, pela vida dos meus filhos, pela minha casa, coitadinhos dos que não tem casa, nem comida, Senhor!’ Nada. Era muito mal agradecida. E a voz seguia dizendo... “Fora isso, você pos o Senhor num nível tão baixo, que acreditava mais em Mercúrio e Vênus para ter sorte, andava cegada pela astrologia, dizendo que os astros conduziam a sua vida. Começou a andar em todas as doutrinas que o mundo oferecia. Começou a acreditar que simplesmente você morria e voltava para recomeçar. Você se esqueceu da ‘Graça!’, que havia custado um preço de sangue ao seu Senhor.” Me fazem um exame dos Dez Mandamentos. Mostram-me que eu dizia que adorava, que amava a Deus com minhas palavras, mas na verdade eu adorava a Satanás. Porque em meu consultório chegava uma senhora que fazia ‘mandingas’, e eu dizia... ‘Eu não acredito nisso, mas pode fazer, porque se não fizer bem, mal tampouco fará.’ E ela começava a fazer suas ‘mandingas’ para dar boa sorte. Ela havia posto num canto onde não se podia ver uma penca de aloés com uma ferradura para afastar as más energias.
Olhem tudo isso, que vergonhoso! Fazem uma análise da minha vida sobre os dez mandamentos, me mostram como atuei com o próximo, como dizia a Deus que o amava quando ainda não havia me afastado Dele, quando ainda não havia começado a andar no ateísmo eu dizia: “Meu Deus, eu te amo!” Mas com essa mesma língua que eu louvava o Senhor, com essa mesma língua eu falava mal de todo mundo, criticava, apontava com o dedo, sempre a ‘santa Gloria’, e me mostravam que eu dizia que amava a Deus, mas era uma invejosa, mal agradecida, jamais reconheci todo o esforço e o amor, a entrega de meus pais para me dar uma profissão, para me levantar. “Tão rápido você alcançou uma profissão, mas até seus pais já não tinham importância, a ponto de chegar a se envergonhar de sua mãe, pela humildade e pela pobreza dela.”
E me mostram como esposa...Quem era? Passava todo o dia renegando, desde que me levantava. Meu esposo me dizia: “Bom dia!” E eu respondia: “Que bom dia? Não vê que está chovendo?” Eu o renegava o tempo todo. E com meus filhos? Mostram-me que nunca, jamais tive compaixão para com o próximo, por meus irmãos de fora. E o Senhor me dizia: “Você nunca pensou: coitadinhos dos doentes, Senhor! Dá-me a graça de poder acompanhá-los em sua solidão. As crianças que não tem mãe, os órfãos, quantas crianças sofrendo, Senhor!” ...Meu coração era de pedra...no exame dos dez mandamentos não passei nem meio. Terrível! Espantoso! Vivia um verdadeiro caos. Como que eu não havia matado e assassinado tanta gente? Por exemplo, eu fiz muitas compras de supermercado para as pessoas que necessitavam, mas não dava por amor, dava pela imagem, porque como eu era muito rica eu queria ‘fazer bonito’ diante dos outros e assim eu manipulava as pessoas.
E então eu dizia: “Toma, lhe dou essa compra, mas você me faz o favor e vá à reunião do colégio dos meus filhos, porque eu não tenho tempo de ir a essas reuniões.” E assim eu dava coisas a todo mundo, mas eu os manipulava, além disso eu adorava que houvesse um montão de gente atrás me mim me dizendo que eu era bondosa, que eu era uma santa. Eu me criei uma imagem! E me dizem: “É que você tinha um deus e esse deus era o dinheiro! Por ele você se condenou! Por ele você afundou no abismo e se afastou do Senhor.” Nós havíamos tido muito dinheiro, mas estávamos quebrados, endividadíssimos, havia acabado nosso dinheiro, então, quando me dizem do ‘deus dinheiro’ eu gritei: “Mas que dinheiro se deixei muitas dívidas lá na terra?”
Quando me falaram, por exemplo, do segundo mandamento, via que eu, pequenina, infelizmente aprendi que para evitar os castigos da minha mãe que eram bastante severos, aprendi que as mentiras eram excelentes e comecei a caminhar com o pai da mentira (Satanás), e comecei a ficar mentirosa e à medida que meus pecados iam crescendo, as mentiras iam aumentando. Percebia que minha mãe respeitava muito o Senhor e para ela o nome do Senhor era santíssimo, então eu pensei e disse: “Aqui tenho a arma perfeita.” E comecei a jurar em vão, e lhe dizia: “Mãe, eu juro por Deus!” e assim evitava os castigos. Imaginem, quando metia eu colocava o Santíssimo nome do Senhor nas minhas porcarias, na minha imundície, porque eu estava tão cheia de sujeira e de tanto pecado...
E vejam, irmãos, aprendi que as palavras não se perdem ao vento. Quando minha mãe ficava irredutível eu lhe dizia: “Mãe, que me parta um raio se estou mentindo!”, e a palavra vagou pelo tempo e vejam que por misericórdia de Deus eu estou aqui, porque na realidade o raio entrou em mim e me partiu praticamente ao meio e me queimou.
Mostravam-me como eu, que me dizia católica, era uma pessoa que não tinha palavra e sempre me antepunha ao Santo nome do Senhor.
Fiquei impressionada ao ver como o Senhor mostrava a todas as criaturas estas coisas espantosas e se prostravam ao chão, numa adoração impressionante. Vi a Santíssima Virgem prostrada aos pés do Senhor, orando por mim, numa extrema adoração, e eu, pecadora, desde minha imundície, cara a cara com o Senhor. Como fui ‘tão boa’, renegando e maldizendo o Senhor...
Sobre o santificar as festas, foi espantoso. Senti uma imensa dor. A voz me dizia que eu dedicava de quatro a cinco horas ao meu corpo e nem sequer dez minutos diários de profundo amor ao Senhor, de agradecimento ou de uma oração. Começava a rezar o Rosário com tamanha velocidade e eu dizia: “Nos comerciais da novela consigo terminar o Rosário”. Mostravam como nunca fui agradecida ao Senhor, e também me mostravam o que eu dizia quando me dava preguiça de ir à Missa: “Mas mãe, se Deus está em todo lugar, que necessidade tenho de ir à Missa?” Claro que era muito cômodo dizer isso; e a voz me repetia que eu tinha ao Senhor por vinte e quatro horas ao dia disponível para mim, e eu não rezava nem um pouquinho, nem agradecia no domingo. Dediquei-me a cuidar do meu corpo, me tornei escrava, e me esqueci de um detalhe, que tinha uma alma e que jamais cuidei dela, nunca a alimentei com a Palavra de Deus porque eu, muito comodamente, dizia que quem lia a Palavra de Deus ficava louco.
Quanto aos sacramentos, nada! Como que eu poderia me confessar com ‘esse velhos que eram piores que eu’? Para mim era muito cômodo não ir confessar, o maligno me tirou da confissão e assim foi como me afastou da cura e limpeza da minha alma, porque cada vez que eu cometia um pecado, não era grátis, Satanás punha dentro da brancura de minha alma a sua marca, uma marca de trevas. Jamais, só em minha primeira comunhão fiz uma boa confissão, daí por diante, nunca mais, e recebia o Senhor indignamente. Chegou a tal ponto a blasfêmia, a incoerência da minha vida, que cheguei a dizer: “Que Santíssimo? Deus está vivo num pedaço de pão? Estes sacerdotes deveriam comê-lo com um pouco de doce de leite, quem sabe ficaria mais saboroso”...até este ponto chegou a degradação da minha relação com Deus.
Jamais alimentei minha alma, e para completar, só sabia criticar os sacerdotes. Se tivessem visto como foi terrível isso, na minha família, desde muito pequenos, criticávamos os sacerdotes, começando pelo meu pai...diziam que são mulherengos e que têm mais dinheiro do que nós e repetíamos estas coisas. E nosso Senhor me dizia: “Quem você pensava que era para se fazer passar por Deus e julgar meus ungidos?”, me dizia: “Eles são de carne, e é a comunidade que faz a santidade de um sacerdote, rezando, amando e apoiando quando um sacerdote cai em pecado.” O Senhor me mostrava que cada vez que eu criticava um sacerdote, me tomavam uns demônios. Fora isso, quanto mal eu fiz quando acusei um sacerdote de homossexual e toda a comunidade se interou, não imaginam quanto dano causei.
Do quarto mandamento: honrar pai e mãe. O Senhor me mostrava como já lhes comentei, como fui mal agradecida com meus pais, como os amaldiçoava e os renegava porque não podiam me dar tudo o que minhas amigas tinham. Como fui uma filha que não valorizava o que tinha, cheguei a ponto de dizer que aquela não era a minha mãe, porque parecia muito pouco para mim.
Foi espantoso ver o resumo de uma mulher sem Deus e como uma mulher sem Deus destrói tudo o que lhe rodeia, e ainda por cima, o pior de tudo é que eu achava que era boa e santa! O Senhor também me mostrou como eu achava que me sairia bem neste mandamento, só pelo fato de haver pago as consultas médicas e os remédios dos meus pais quando ficaram doentes, também como eu analisava tudo através do dinheiro e como eu os manipulei quando tinha dinheiro. Até me aproveitei deles, o dinheiro me endeusou e eu os pisoteei. Sabem o que me doeu? Ver meu pai chorando com tristeza, apesar de tudo ele havia sido um bom pai, que me havia ensinado a ser trabalhadora, empreendedora, e que devia ser honesta, porque só aquele que trabalha pode progredir. Mas ele se esqueceu de um detalhe, que eu tinha uma alma e que ele era um evangelizador com seu testemunho e como toda a minha vida começou a afundar  por causa de tudo isso. Via o meu pai com dor quando era mulherengo, ele era feliz dizendo à minha mãe e a todo mundo que ele era ‘muito macho’ porque tinha muitas mulheres e que podia com todas, e que ademais fumava e bebia. Estes vícios o faziam sentir-se orgulhoso, pois ele não pensava  que eram vícios, mas sim virtudes. Comecei a ver como minha mãe se cobria de lágrimas quando meu pai começava a falar das outras mulheres.  Comecei a me encher de raiva, de ressentimento e começo a ver como o ressentimento leva à morte espiritual, sentia uma raiva espantosa de ver como meu pai humilhava minha mãe diante de todo mundo. Fiquei rebelde e disse á minha mãe: "Eu nunca serei como você, por isso nós mulheres não valemos nada, por culpa de mulheres como você, sem dignidade, sem orgulho, que se deixam pisotear pelos homens.” Quando já estava maior eu dizia ao meu pai: “Preste atenção pai, jamais vou permitir que um homem me humilhe como você humilha a minha mãe, se um homem chegar a ser infiel comigo, eu me separo.”  Meu pai me bateu e me disse: “Como se atreve?” Meu pai era muito machista e eu lhe disse: “Então me bata e me mate se eu chegar a me casar e tiver um marido infiel. Eu me separo, para que os homens entendam como sofre uma mulher quando um homem a pisoteia.” Esse ressentimento e essa raiva tomaram conta de mim, e quando já tinha algum dinheiro, comecei a dizer à minha mãe: “Sabe de uma coisa? Separe-se do meu pai. Eu gosto muito dele, mas é impossível que você agüente um homem assim, seja digna, você tem que se dar valor, mãe.” Imaginem! Eu queria divorciar meus pais. Minha mãe me dizia: “Não filha, não é que não me doa, sim me dói muito, mas eu me sacrifico porque vocês são sete filhos e eu sou só uma. Eu me sacrifico porque afinal seu pai é um bom pai, e eu seria incapaz de ir e deixá-los sem pai, ademais, se eu me separo, quem vai orar para que seu pai se salve? Sou eu quem pode orar para que seu pai encontre a salvação, porque a dor e o sofrimento que ele me ocasiona eu uno às dores da cruz, e todos os dias digo ao Senhor; ‘esta dor não é nada unida à tua cruz, me permita que meu esposo se salve, assim como meus filhos.’ Eu não entendia isso. E sabem do que mais? Me deu tanta raiva... e isso fez com que minha vida mudasse e fiquei muito rebelde e comecei a me empenhar para defender os direitos da mulher. Comecei a defender o aborto, a eutanásia, o divórcio e a defender a lei de Talião, aquela que diz ‘olho por olho, dente por dente’. Nunca fui infiel fisicamente, mas prejudiquei muita gente com meus conselhos.
Quando chegamos ao quinto mandamento, o Senhor me mostrava que eu era uma assassina espantosa e que cometi o que é pior e mais abominável diante dos olhos de Deus, o aborto. O poder que me deu o dinheiro me serviu para financiar vários abortos, porque eu dizia: “A mulher tem direito a escolher quando quer ficar grávida ou não.” Olhei o Livro da Vida e me doeu tanto quando vi uma menina de catorze anos abortando. Eu a havia ensinado, porque sabem que quando uma pessoa está envenenada, nada fica bom e tudo o que está ao redor dela se envenena. Umas meninas, três sobrinhas minhas e a namorada do meu sobrinho abortaram. Deixavam-nas ir à minha casa porque eu tinha dinheiro. Eu as convidava, falava de moda, de glamour, de como exibir o corpo. Minha irmã as mandava aí. Olhem como eu as prostituí, prostituí menores, que foi outro pecado espantoso depois do aborto, porque eu lhes dizia: “Não sejam bobinhas minhas filhas, suas mães lhes falam de virgindade e de castidade, mas estão fora de moda, elas falam de uma Bíblia que foi escrita há mais de dois mil anos, e os sacerdotes não quiseram se modernizar, elas falam o que dizia o Papa, mas esse Papa está fora de moda.”
Imaginem meu veneno e eu ensinei a estas meninas que tinham que aproveitar, desfrutar do corpo, mas que tinham que se prevenir. Ensinei-lhes os métodos de planificação. “Mulher perfeita”, e essa menina de catorze anos, namorada do meu sobrinho chega um dia ao meu consultório chorando (eu vi no Livro da Vida) e me diz: “Gloria! Ainda sou criança e estou grávida!”, e eu lhe disse: “Tonta! Eu não lhe ensinei a se prevenir?” E então ela me disse: “Sim, mas não funcionou”. Então olhei, e o Senhor me colocava essa menina diante de mim para que não se afundasse no abismo, para que não fosse abortar, porque o aborto é uma corrente que pesa tanto, que arrasta e pisoteia, é uma dor que nunca se acaba, é o vazio de haver sido um assassino. E o que foi pior para essa menina, foi que em vez de falar-lhe do Senhor, lhe dei dinheiro para que fosse abortar num lugar muito bom para que não a prejudicassem. Assim como este aborto financiei vários outros. Cada vez que o sangue de um bebê se derrama, é como um holocausto a Satanás, é um holocausto, ao Senhor lhe dói muito e se estremece cada vez que se mata um bebê, porque no Livro da Vida, vi como nossa alma se apodera de nosso corpo tão somente quando se tocam o óvulo e o espermatozóide, surgindo como uma faísca linda de luz colhida do Sol de Deus Pai. O ventre de uma mãe, tão somente é fecundado e já se ilumina com o brilho dessa alma e quando se aborta, essa alma grita e geme de dor, ainda que não tenha olhos, nem um corpo formado, se escuta este grito quando lhe estão assassinando e o Céu se estremece e no inferno se escuta outro grito, mas de júbilo, e imediatamente do inferno, se abrem uns tipos de selos de onde saem umas larvas para seguir assediando a humanidade, e seguir fazendo-a escrava da carne e de todas estas coisas que existem e que estarão cada dia pior. Quantos bebês são mortos por dia? Isso é um triunfo para Satanás. Esse preço de sangue forma mais um demônio, então me lavam neste sangue e minha alma branca começou a ficar absolutamente escura. Depois dos abortos, perdi a convicção do pecado, para mim estava tudo bem. Foi triste ver como que neste compromisso com o maligno, pude ver todos os bebês que eu havia matado também, e sabem por que? Eu planificava com o uso do DIU (T de cobre) e foi doloroso ver quantos bebês haviam sido fecundados, e se haviam brilhado essas faíscas do Sol de Deus Pai, mas estes bebês, gritando, se desgarraram das mãos de Deus Pai. Era a razão que explicava meu constante mau humor, caras feias, vivia frustrada com todos e com muita depressão. Claro! Eu havia me tornado uma máquina de matar bebês. E isso me afundou mais no abismo... e pensava: “Como que não havia matado?” E o que dizer de cada pessoa que eu odiava, que eu detestava? Continuava sendo uma assassina, porque não é só com um disparo que se mata uma pessoa, basta odiá-la, fazer-lhe o mal, ter inveja dela, como isso já se pode matá-la.
Quanto ao sexto mandamento, de não pecar contra a castidade, eu disse: “Aqui não vão me falar de nenhum amante, porque por toda a vida só tive um homem que é meu esposo”. Quando me mostram que cada vez que eu estava com meus seios a mostra e meu corpo com minhas roupas insinuantes, estava incitando os homens a que me olhassem e tivessem maus pensamentos, e eu os fazia pecar e assim foi como entrei no adultério. Eu aconselhava as mulheres a serem infiéis com seus esposos e lhes dizia: “Não sejam bobas, divorciem-se, não os perdoem.” Já com isso estava cometendo um abominável adultério. E me dei conta que os pecados da carne são espantosos e são condenatórios, mas o mundo nos incita a atuarmos como animais. Infelizmente me soltei da mão do Senhor, porque os pecados estão nos pensamentos, na alma e na ação de cada pessoa. Foi tão doloroso ver todo esse pecado, por exemplo, esse pecado do adultério do meu pai, que causou dano e desgarrou seus filhos. A mim me causou ressentimento contra os homens, e meus irmãos se transformaram em três fiéis fotocópias do meu pai, felizes por serem ‘muito machos’, mulherengos e alcoólatras... Eles não percebiam como prejudicavam  seus filhos. Por isso meu pai chorava, com tanta dor, vendo como seu pecado havia sido herdado por eles, por mim, prejudicando assim toda a obra de Deus.
O sétimo mandamento, o de não roubar, eu me considerava honesta, e o Senhor me mostrava como desperdiçávamos comida em minha casa. O mundo padecia de tanta fome, e Ele me dizia: “Eu tinha fome, e veja o que você fazia com o que eu te dava, desperdiçava tudo, eu tinha frio e olhe o que você fazia, escravizada pela moda, vivendo de aparências, gastando muito dinheiro em injeções para estar mais magra, escravizada pelo corpo. Em poucas palavras, você fez do seu corpo um deus.” O Senhor me mostrava que eu era culpada pela miséria do meu país e que sim, eu tinha a ver com isso. Também me mostrava que cada vez que eu falava mal de alguém, eu lhe roubava a honra e era difícil devolvê-la. Que era mais fácil reparar o roubo de um dinheiro, porque poderia devolver o valor roubado, do que restaurar o bom nome de uma pessoa. Eu me arrependia por não ter sido  uma mãe carinhosa com meus filhos, por não haver ficado mais com eles em casa, por tê-los deixado tanto com a ‘mamãe televisão’, ‘o papai computador’, ou com os videogames e para acalmar minha consciência, lhes comprava roupas de marca. Mas me horrorizou ver minha mãe que se questionava, - e minha mãe foi uma santa mãe, que nos corrigia e nos amava, assim como meu pai -, e pude ver quando ela disse: “O que será de mim que nunca consegui dar nada para os meus filhos?” Que espanto, que dor tão grande...
Senti muita vergonha, porque no Livro da Vida a pessoa vê tudo como num filme, e meus filhos diziam: “Tomara que a mamãe demore, que tenham muito trânsito, porque ela é muito chata e só vive reclamando.” Que tristeza um menino de três anos e uma menina um pouco maior dizendo estas coisas...eu lhes roubei a sua mãe, lhes roubei a paz que eu daria à minha casa e não lhes deixei conhecer a Deus através de mim, e não lhes ensinei a amar o próximo. Se eu não amo ao meu próximo, eu não tenho nada a ver com o Senhor, se não tenho misericórdia, não tenho laços com o Senhor. Porque Deus é Amor...
Vou lhes falar sobre levantar falsos testemunhos. Eu sabia mentir muito bem e Satanás se tornou meu pai. Se Deus é Amor e eu odeio, então, quem é meu pai? Não era difícil de adivinhar e se Deus me fala do perdão e de amar meus inimigos eu dizia, “quem me prejudica, me paga!” Então, quem era meu pai? Se Deus é a verdade e Satanás é a mentira, quem era meu pai? Não há mentira rosa, nem amarela, nem verde, todas as mentiras são mentiras, e Satanás é o pai de todas elas.  Tão terríveis foram os pecados da minha língua. Eu vi quanto dano causei com a minha língua. Eu fofocava, quando falava mal dos outros, causava complexos de inferioridade às pessoas gordinhas pondo-lhes apelidos pejorativos. Uma palavra mal dirigida sempre termina numa ação e causa dano.Quando me fazem o exame dos dez mandamentos, pude ver a cobiça que tomava conta de mim. Eu pensava que seria feliz tendo muito dinheiro e passei a ter uma obsessão por ficar rica. Que tristeza. Quando tive muito dinheiro, foi o pior momento que viveu minha alma, a ponto de querer me suicidar. Tinha tanto dinheiro e me sentia sozinha, vazia, amargurada e frustrada. A cobiça de desejar ter muito dinheiro foi o caminho que me levou pela mão e me extraviei, me soltei da mão do Senhor. Depois desse exame dos dez mandamentos, me mostram o Livro da Vida, lindo, eu queria ter palavras para descrever “O Livro da Vida”. Começou desde a concepção, assim que se uniram o par de células dos meus pais. De imediato houve um ‘zas’, uma faísca, uma linda explosão e se formou minha alma, colhida da mão de Deus Pai, encontrei um Deus Pai tão lindo, que me cuidava 24 horas por dia e o que eu via como um castigo, nada mais era que Amor, porque Ele consegue ver minha alma e percebia como eu ia me afastando da Salvação. Para terminar, vou lhes dar um exemplo de como é maravilhoso o “Livro da Vida”. Eu era muito hipócrita e eu dizia a alguém: “Nossa! Como você está linda, que vestido lindo!” Mas por dentro, em meus pensamentos eu dizia: “Que mulher mais asquerosa, e ainda se acha uma rainha!” Nesse livro se podia ver exatamente como eu pensava, se podia ver o interior de minha alma. Todas as minhas mentiras ficaram à vista, vivas, todo mundo se deu conta. Quantas vezes eu menti para minha mãe porque ela não me deixava sair a lugar nenhum, então dizia que tinha que fazer um trabalho em grupo na biblioteca, mas saía para ver algum filme pornográfico ou ia a algum bar tomar cerveja com minhas amigas. E lá estava minha mãe, vendo minha vida, nada escapou.
Meus pais me davam banana para levar de lanche na escola. Meus pais eram pobres e só podiam me dar banana, leite e algum petisco para colocar na lancheira. Eu comia a banana e jogava a casca pelo caminho. Nunca tive a consciência de que alguém poderia se ferir ou escorregar na casca de banana que eu costumava jogar no chão, e o Senhor me mostrou as pessoas que poderiam ter se matado por causa dessas quedas causadas por minha imprudência e falta de misericórdia. Também pude ver como só uma vez fiz uma boa confissão, bem feita. Foi quando uma senhora me deu 4.500 pesos a mais de troco num supermercado em Bogotá. E meu pai nos havia ensinado a sermos honestos e nunca tocar em nenhum centavo de ninguém. Então me dei conta quando já estava no carro. Estava a caminho do meu consultório e pensei... “Ai, essa velha distraída, essa tonta me deu 4.500 pesos a mais e agora tenho que voltar para devolver” e logo vi um engarrafamento gigante e disse: “Quer saber? Não vou devolver nada, quem mandou ela ser tão distraída?” Mas fiquei com a dor de ter feito isso, porque me pai me ensinou a ser honesta, então me confessei no domingo e disse: “Padre, eu roubei 4.500 pesos porque não os devolvi a uma senhora que se equivocou no troco.” Nem prestei atenção no que o padre me disse. O maligno não pode me acusar de ladra, mas sabem o que me disse o Senhor? Ele me disse: “Essa falta de caridade sua, quando não devolveu o dinheiro para aquela senhora não reparando o pecado cometido, 4.500 pesos para você não eram nada, mas para aquela mulher que ganhava um salário mínimo, significava a alimentação de três dias.” O mais triste foi quando me mostrou como sofreu, agüentando a fome um par de dias. Por minha culpa, passou fome com seus dois filhos pequenos, porque assim me mostra o Senhor, me mostra quando eu faço algo, quem sofreu, quem atua e como atua.
O Senhor me perguntou: “Que tesouros espirituais você me trouxe?” Minhas mãos iam vazias, não levava nada, minhas mãos iam absolutamente desocupadas. Foi então que me disse: “De que te servem os dois apartamentos que você tinha, as casas e consultórios? Você não se considerava uma profissional de muitíssimo êxito? Acaso pode trazer o pó de um tijolo até aqui? O que fez com os talentos que Eu te dei?”  Talentos? Eu tinha uma missão. A missão de defender o reino de Amor. O reino de Deus. Eu me havia esquecido que tinha uma alma, e muito menos que tinha talentos, muito menos que o bem que deixei de fazer doeu muito ao Senhor. Sabem o que sempre me perguntava o Senhor? Sempre me perguntava sobre o Amor. Citava a falta de caridade pelo próximo. Ele me dizia que eu estava morta espiritualmente. Estava viva, porém morta. Se pudessem ver o que é a ‘morte espiritual’, como é uma alma que odeia...Como é uma alma espantosamente terrível de amargurada e fastidiosa,  que faz mal a todo mundo... Quando uma pessoa está cheia de pecados, por fora tudo parece ser bonito e cheirar bem, com boas roupas, mas minha alma cheirava muito mal e vivia nos abismos. Isso justifica tanta depressão e amargura. Então o Senhor me disse: “É que sua morte espiritual começou quando você deixou de sentir dor pelos seus irmãos. Quando você via o sofrimento dos seus irmãos, era um alerta. Quando  via nos meios de comunicação, dizendo que os mataram, que os seqüestraram, que os desalojaram, você dizia ‘da boca para fora’: ‘Coitadinhos! Que pecado!’ Mas isso não te doía por dentro. Você não sentia nada no coração, era uma pedra, o pecado te petrificou.
Quando se fecha o meu Livro, imaginem como era grande a minha tristeza. Quanta dor! Fora isso, por ter me comportado assim com Deus Pai, porque apesar de todos os meus pecados, apesar de toda a minha imundície e de toda a minha indiferença e de todos os sentimentos horríveis, o Senhor, sempre, até o último instante me buscou, sempre me enviava instrumentos, pessoas, me falava, me gritava, me tirava coisas para me buscar, ele me buscou até o último instante. Eu costumava dizer: “O Senhor me condenou”. Claro que não! No meu livre arbítrio eu escolhi quem seria o meu pai, e não foi Deus Pai. Escolhi Satanás, esse foi o meu pai, e quando esse Livro se fechou, vi em minha mente que estava de ponta-cabeça, porque começava a cair naquele buraco e depois deste oco ia se abrir uma porta. Então começo a ir, e começo a gritar a todos os santos, para que me salvassem. Vocês não têm idéia da quantidade de santos que eu vi, eu não tinha idéia de que havia tantos santos, eu era tão má católica. Pensava que dava na mesma que me salvasse São Isidro ou São Francisco de Assis, e quando acabaram todos os santos, veio o silêncio. Sentia um vazio, uma dor tão grande. E eu pensava: “Todos estão lá na terra dizendo: ‘como era santa!’”, esperando que eu morresse para me pedir um milagre. E olhem para onde vou! Levanto os olhos e vejo os olhos de minha mãe. Com muita dor eu lhe grito: “Mãezinha! Que vergonha! Me condenei, mãe, aonde vou? Nunca mais vou te ver...” E nesse momento lhe concederam a ela uma graça muito grande. Estava imóvel e lhe permitem mover seus dois dedos para cima e ela dá um sinal e saltam dos meus dois olhos duas crostas espantosamente dolorosas, era minha cegueira espiritual. Então, vejo um momento lindo, quando uma paciente me havia dito: “Olhe doutora, a senhora é muito materialista e um dia vai precisar Dele. Quando estiver em ambiente de perigo, qualquer que seja, peça a Jesus Cristo que a cubra com o Seu sangue, Ele nunca irá abandoná-la, porque Ele pagou um preço se sangue pela senhora.” E com essa vergonha tão grande e essa dor, comecei a gritar: “Jesus Cristo! Senhor, tenha compaixão de mim! Perdoe-me! Por favor, me dê uma segunda oportunidade!” E este foi o momento mais belo, não tenho palavras para descrever este momento. Ele baixa e me tira daquele oco. Quando Ele me recolhe, todas estas coisas caíram ao chão. Ele me levanta e me leva a uma parte plana, e me diz com todo esse Amor: “Vamos voltar, você vai ter uma segunda oportunidade” (...), e me diz que não é pela oração da minha família. Porque “é normal que eles orem e clamem por você, mas foi pela intercessão de todas as pessoas alheias ao seu sangue, que não te conhecem e choraram, oraram e elevaram seu coração com muitíssimo amor por você.” E começo a ver como se acendem uma porção de luzinhas que são como chaminhas brancas cheias de amor. Eu vejo as pessoas que estão rezando por mim! Mas havia uma chama grande, era a luz que mais brilhava. A que mais amor dava. Eu olhava quem era essa pessoa que me amava tanto.  E o Senhor me diz: “Essa pessoa que você vê ali, é uma pessoa que te ama tanto, tanto, e nem sequer te conhece.” E me mostrava que essa pessoa havia visto a folha de jornal do dia anterior. Era um camponês de um povoado, bem pobre, que vivia ao pé da Serra Nevada de Santa Marta. O pobre homem comprou uma panela e a embrulharam numa folha do jornal “Espectador” do dia anterior. Minha fotografia onde eu aparecia toda queimada estava aí, ilustrando a matéria que falava sobre o acidente. Quando este homem viu a notícia, se pôs a chorar com um amor tão grande, e disse: “Pai, Senhor, tem compaixão desta minha irmãzinha. Senhor, salve-a! Se o Senhor salvá-la, prometo que irei ao ‘Santuário de Buga’ e cumpro a promessa, mas salve-a!” Imaginem um homem pobrezinho, não estava revoltado nem amaldiçoando porque passava fome, com essa capacidade de amor para se oferecer a atravessar todo o país por alguém que não conhecia. E o Senhor me disse: “Isso é Amor ao Próximo” (...) e logo me disse: “Você vai voltar, mas não vai contar o que viu 1000 vezes, mas sim 1000 vezes 1000. E ai daqueles que ouvindo, não decidam mudar de vida. Porque eles serão julgados com mais severidade. Assim como você será em seu segundo regresso. Que prestem atenção os ungidos, que são seus sacerdotes, ou qualquer um deles, porque não há pior surdo que aquele que não quer ouvir, nem pior cego que aquele que não quer ver.” E isto, meus queridos irmãos, não é uma ameaça, O Senhor não necessita nos ameaçar, esta é a segunda oportunidade que vocês têm, e graças a Deus que vivi o que vivi! Porque quando lhes abram o Livro da Vida a cada um de vocês, quando cada um de vocês morra, vamos ver este momento, de igual maneira, e vamos nos ver tal como estamos, vamos ver nossos pensamentos e nossos sentimentos na presença de Deus, e o mais bonito é que cada pessoa verá o Senhor em frente de cada um de nós, outra vez perguntando o que lhe temos a oferecer.
Que o Senhor abençoe a todos grandemente.
Glória a Deus! Glória a Nosso Senhor Jesus Cristo!
Há 25 anos servindo à Igreja por meio da Renovação Carismática Católica (RCC), Celina Borges está no topo da listagem de melhores cantores católicos do Brasil. Comparada com grandes nomes da música gospel americana, a cantora se destaca pelas letras, pela voz forte e a interpretação única nos palcos de todo o país.
Sua carreira como musicista começou cedo, aos treze anos de idade, como professora de piano, juntamente com a mãe. E hoje, Celina Borges celebra a conquista do sétimo trabalho musical “Alegria e Mística”, gravado no final de 2008. O trabalho é uma síntese da dedicação, crescimento vocal e artístico de Celina que assina sete das 14 faixas do CD. Entre elas “Meu Coração está pronto”, “Não sou digno”, “Espera N’ele” e “Nosso Deus”. As parcerias ficam a cargo de Leandro Souza, em “Eu Sei”, “Da Tua Unção” e “ Jesus Misericordioso, eu confio em vós”; e também de Marcelinho, na faixa “ Quero o corpo e o sangue”.
Músicas em forma de oração. Assim pode ser definido o trabalho de Celina Borges. Letras que falam com maestria de um coração aberto para Deus, da misericórdia dele pelos seus, do querer ser de Deus, de confiança, da busca pelo amor Dele e da amizade em Deus. Tudo isso com uma profunda preocupação pela sonoridade e pelos arranjos, feitos por Tutuca Borba, responsável por trabalhos de Roberto Carlos.
Além de trabalhos realizados no Brasil, Celina Borges já se apresentou nos Estados Unidos, Portugal e Itália. A primeira em 2000, quando, além de divulgar o CD “Tributo ao Grande Amor”, gravou um vídeo clip para a música “Duas Asas: Fé e Razão”, (baseada na carta do Papa João Paulo II : Fides et Ratio.
Já a segunda vez que Celina se apresentou naquele país, em 2006, representou o Brasil no Anno Domini Multifestival – VI Seminário Internazionale di Artisti di Ispirazione Cristiana.
Momentos marcantes não faltam na carreira da artista, que teve a honra de ter a participação de Dom Alberto Taveira, Padre Roberto Lettieri, Padre Jonas Abib e Padre Fábio de Melo em seu quarto trabalho, o CD “DIAMANTE LAPIDADO”. Agora é a vez de retribuir, Celina participou recentemente da gravação do primeiro DVD de Padre Fábio de Melo. A mineira de Belo Horizonte reconhece a importância da música católica para a evangelização “Agradeço a Deus, por ele abrir portas para que a beleza da Igreja Católica seja conhecida. É uma responsabilidade muito grande para o nosso ministério”.
Celina Borges, extremamente sensível ao sofrimento humano, especialmente ao das crianças, apóia de corpo a alma a campanha “Todos Contra a Pedofilia”, em defesa dos direitos da criança e do adolescente, prevenção aos crimes ligados à pedofilia.

"Tive uma infância maravilhosa nessa fazenda, onde havia escola, igreja, cinema, campo de futebol, armazén, feira e uma fábrica onde os meus pais trabalhavam. Minha casa ficava na parte menos nobre da fazenda, nós chamávamos o lugar de "Pé preto", pois na casa não havia água quente. Tive uma infância simples, onde pude receber dos meus pais muitas dicas de como ser gente de verdade.Foi nessa época que, pela primeira vez, percebi que a música faria parte da minha história. Quando completei seis anos, minha irmã mais velha, a 'Fia', deu-me de presente um disco dos Beatles, um compacto simples e eu imediatamente comecei a cantar junto com um primo. Um dia pela manhã vi meu pai construindo um outro galinheiro, pois já tínhamos um. A princípio não entendi, mas depois de pronto, ele fez também uma bateria de latas de tinta, microfones de cabo de vassoura, guitarras de madeira com cordas de arames bem fininhos, uma arquibancada e também um palquinho. Ali nasceu o meu “ministério” de música. Todos os dias o galinheiro lotava com a galera da rua.Cresci rodeado de muito amor e carinho e usufruindo de tudo que a simplicidade pode nos dar. Dando um pequeno salto na história, vamos para os anos 80. Foi nesta época que comecei a me encantar com a Néia, que viria a ser minha esposa. Namorei-a pela primeira vez neste período e ali eu já tinha a certeza de que ela era a mulher da minha vida.Mas não durou muito tempo, pois nessa época, infelizmente, experimentei as drogas e durante quatro anos eu não construí nenhum relacionamento que mereça um bom comentário. Drogas, bebidas, prostituição, baladas e uma ausência em minha casa. Realmente não produzi nada de especial. Mas, com dezoito anos, Jesus entrou em minha vida e tudo mudou."Depois de dois anos o Pai me devolveu a Néia. Namoramos mais dois anos e meio e nos casamos. Cresci profissionalmente, me tornei um profissional da mecânica. Era animador de grupo de oração, tivemos o nosso primeiro filho, o Filipi. Quando estávamos no nosso melhor momento financeiro, social, religioso e familiar, recebemos o convite para morarmos na Canção Nova. Em 1991 nos mudamos e começamos o melhor tempo das nossas vidas".


Entrevista exclusiva com a cantora Adriana


Estive ontem com a cantora católica Adriana Almeida, uma amiga de anos atrás, no Marujo’s Hotel. Sou fã de Adriana desde 2004 quando a vi cantar pela primeira vez na televisão com músicas do CD A Chave do Coração (Paulinas/COMEP) e me identifiquei com muitas de suas lutas e desafios, em minha vida pessoal e profissional. Ela esteve pela primeira vez em Bragança no dia 23 de maio de 2008 lançando o seu CD e DVD Adriana ao Vivo. Foi uma noite marcante aquela.
Na última sexta-feira, 20 de agosto de 2010, estive nesse segundo show, no Complexo Poli Esportivo Dom Eliseu Maria Coroli, onde ela comemorava 10 anos de carreira com a turnê Milagres (título do CD lançado pela Som Livre, recebedor do Disco de Ouro, com mais de 50 mil cópias vendidas), com o CD inédito Jardim Secreto (Paulinas/COMEP) e detentora dos prêmios de Cantora católica do Ano de 2009 e Melhor Coletânea, recebidos em 28 de abril de 2010, após votação popular pelo Troféu Louvemos ao Senhor, promovido pela TV Século XXI em Valinhos/SP.
Casada há dez meses com Fabiano Arydes e com um testemunho firme de fé e de perseverança, Adriana emocionou a milhares de pessoas que lotaram as dependências do ginásio. Cantou muitos de seus maiores sucessos e apresentou canções novas. O evento foi promovido pela comunidade da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sob a coordenação do Pe. José Andraci (CRSP).
Ao final do show, estive no camarim e fui recebido gentilmente por Adriana, onde marquei a entrevista, tirei fotos para mim e para os amigos, conversei um pouco e até a convidei para ver o Mirante de São Benedito.
Na manhã de domingo, após o café da manhã eu a entrevistei para o blog e levei alguns presentes (que não vou revelar aqui, mas que garanto que ela gostou muito!). Muito simples e humilde, ela estava muito feliz, embora se recuperando de um leve resfriado devido o clima e baixas temperaturas por onde esteve em missão ultimamente, mas muito bem disposta e alegre. Em seguida, ela seguiria para Capanema/PA e de lá regressava a São Paulo/SP. Agora, leia o que Adriana falou sobre seu testemunho, sua missão, sua carreira e sua vinda a Bragança pela segunda vez.
Dário: Primeiro queria saber como é voltar à Amazônia, voltar ao Norte do Brasil e voltar a Bragança depois de dois anos?
Adriana: Bom, eu fiquei muito feliz. Fiquei muito feliz quando somos chamados de volta a um lugar em que a gente já esteve. Para nós significa que nós conseguimos de alguma maneira deixar a mensagem e passar aquilo que é a nossa missão, o propósito da nossa missão. E eu fiquei muito feliz em voltar a Bragança, de encontrar as pessoas, de ver que as pessoas continuam orantes. Ontem nós pudemos experimentar na missão, o coração orante das pessoas. As pessoas foram lá para rezar mesmo. Foi muito especial. Nós voltamos assim com o coração bem cheio na certeza de que aqui Deus fez com as pessoas abrissem o coração. As pessoas ontem entenderam o significado de nós estarmos aqui. Nós viemos apenas partilhar as maravilhas de Deus e ontem a gente pôde experimentar isso.
Dário: Lembranças de Belém do Círio. Você já esteve em Belém!?
Adriana: Sim... todo ano eu estou em Belém e esse ano eu vou voltar. Apesar de no mês de outubro, quase que eu não consegui data mais pra estar aqui porque a gente vai estar em peregrinação para Israel e também eu tenho uma missão para os Estados Unidos, mas nós conseguimos, graças a Deus.
Dário: Na quadra nazarena?
Adriana: Exatamente. E aí, dia 21 de outubro, eu estarei no Círio de Nazaré. Deu tudo certo. E eu ficaria muito triste se não desse. Mas Deus nos providenciou tudo e a gente vai poder estar mais um ano aqui lembrando esse momento tão lindo da nossa Igreja que é o Círio de Belém.
Dário: E ainda mais com Nossa Senhora de Nazaré?
Adriana: Com certeza!
Dário: 2009 foi um ano de uma série de desafios, como você disse ontem. Dois trabalhos, mais de 10 anos de carreira, a vida pessoal no casamento, um trabalho inédito e uma premiação, que agora você foi coroada com o prêmio de Cantora católica do Ano 2009, com o Troféu Louvemos (Prêmio Louvemos ao Senhor 2009). Resuma 2009 no sentido dessas vitórias, das conquistas e das bênçãos que você recebeu?
Adriana: Pra mim, foi a resposta de Deus. Na minha vida pessoal, principalmente, foi uma resposta de Deus. Viver a Palavra de Deus efetivamente e sofrer as demoras. Então, eu pude contemplar a graça da vitória de sofrer as demoras, na vida pessoal foi muito importante pra mim. A parceria que a Som Livre quis fazer conosco foi um carinho de Deus, uma resposta de que Deus nos queria também ali.
Dário: Que é possível nesse ambiente tão concorrido?
Adriana: Exatamente. E outra, que Deus queria que a gente lançasse as redes em águas mais profundas. E isso aconteceu e foi uma proposta da Som Livre. Fizemos um CD comemorativo de 10 anos (CD Milagres, por 10 anos de carreira) e paralelamente eu estava gravando Jardim Secreto, que era meu CD inédito, pois já fazia quatro anos que eu não lançava nada inédito. Então, foi um ano muito abençoado, um ano corrido, um ano de lutas mesmo, de desafios, de correr contra o tempo, mas um ano de muita confirmação daquilo que eu realmente vim pra cumprir nessa terra tanto como missionária como também na minha vida pessoal, como vocação, enfim.
Dário: E o Troféu (Troféu de Cantora Católica do Ano 2009, Louvemos ao Senhor)? Sabia que Bragança assistiu em massa à sua premiação, com muita gente ligada na TV ou na TV a Cabo. O seu fã clube só não é registrado no site, mas tem uma legião de pessoas que se liga e se comunica, pelo telefone, que assistiram ao mesmo tempo a sua premiação, foi uma noite inesquecível aqui.
Adriana: Que maravilha! Eu não sabia disso. E já quero agradecer. Que pena que eu não soube disso. Se eu soubesse, até teria falado lá no dia (referindo-se aos fãs de Bragança), mas agradeço pelo carinho das pessoas e premiação foi assim.
Dário: (Interrompendo) E a premiação, só para entendermos, foi pelo conjunto da sua obra ou pela escolha de um trabalho em específico?
Adriana: Acho que foi pelo conjunto da obra. E assim, o que eu mais fiquei feliz é que foi pelo voto popular. A categoria em que nós fomos premiados foi pelo voto popular. Então, eu acho que isso foi o mais importante. Porque se fosse por um grupo seleto de jurados, tudo bem, seria muito importante, porém é aquele negócio “a voz do povo é a voz de Deus”, não é? Foi uma confirmação. Como foi uma categoria com o voto popular, eu fiquei extremamente feliz. Pra mim valeu tudo e foi a confirmação de que a gente está no caminho aí e tem tentado não tem atrapalhado aquilo que Deus propôs pra gente. Foi uma consequência, a consequência de uma caminhada, de uma entrega... Ontem eu dizia isso no palco. Só Deus sabe o que a gente faz para estar à frente de uma missão. Não pense pra você que é algo assim deslumbrante...
Dário: Não é um estrelado midiático?
Adriana: Não, não, não é uma coisa assim! Exige muita renúncia, exige muita escolha, exige muita perda. E eu preciso ser constante naquilo que Deus me deu.
Dário: Você já se acostumou com o assédio, o carinho do povo?
Adriana: Eu não vejo como assédio. É o carinho do povo que eu tenho e que eu respeito muito. Porque eu entendo que de alguma forma, na minha pequenez e na minha pobreza eu fui uma ponte entre Deus e as pessoas, claro, sem soberba nenhuma, sem vaidade nenhuma... Como eu sou aquilo que é palpável para elas no sentido de ver, materialmente falando, é a maneira que elas expressam o louvor a Deus. Então é por isso que eu acolho com tanto respeito porque é a maneira que elas tem de manifestar aquilo que Deus fez nelas. Por isso que eu respeito muito.
Dário: Uma das questões importantes de Bragança e da região amazônica, mesmo porque você já teve oportunidade de ler isso nas coisas que tem sobre Bragança (Adriana tem livros e dvd’s sobre história e cultura de Bragança desde 2008) e pôde ver isso, é um diálogo muito grande com a religiosidade e com a cultura. Inclusive o próprio processo de evangelização da Amazônia dialogou com a cultura do indígena, do negro, do branco, do caboclo amazônico, com esse povo como o nosso que é o rosto da Amazônia. Você pretende gravar alguma coisa com relação a essa religiosidade, sobre Círio, procissões? Lembro que o Padre Fábio de Mello gravou uma canção.....
Adriana: Ele fez uma canção pro Cirio de Nazaré. Primeiro que eu não sou uma compositora nata, mas com certeza se alguém me desse uma canção, ou se fosse para gravar num CD específico também, com maior prazer, com muita alegria. Porque eu acho que a cultura enriquece muito. Você, aqui, em cada lugar eu vou. Eu me sinto muito privilegiada de poder ser missionária...
Dário: Você é uma cidadã cosmopolita?!
Adriana: Exatamente (alegremente). E assim, me sinto muito privilegiada de chegar nas regiões e conhecer a cultura, de interagir naquilo, e respeitar e admirar aquilo. É como você diz, vocês são o rosto da Amazônia, eu acho maravilhoso chegar aqui, ver e conhecer tudo isso e saber da importância, saber do respeito que vocês tem pela cultura de vocês. Isso é muito lindo. Isso é coisa de um coração brasileiro...
Dário: Brasileiro, amazônico, nortista, paraense, bragantino...
Adriana: (alegre rindo) Exatamente, é isso!
Dário: Você falou ontem muito de testemunho pessoal, que foi diferente do primeiro show em que você estava lançando um trabalho ao vivo. Eu conversei com algumas pessoas sobre as impressões do show. Você estava muito mais transparente do que já é. Falando de experiência própria. O ano de 2009 mudou você radicalmente nesse sentido? Porque ontem os seus testemunhos foram de vivência pessoal (castidade, juventude valorosa, uso de dons e talentos a serviço da evangelização, etc.) Você se reportou muito às ameaças e contra-valores, à mídia que informa de uma maneira diferente, à televisão que às vezes deturpa o caráter da família... O que levou você a mudar esse discurso para essa linha? Você está tentando atingir esse público com um sentido de catequese melhor ou você sente isso a partir de sua realidade de São Paulo em contraposição a relação com os valores que viu na Amazônia (dei alguns exemplos como o Círio de Nazaré, as Festa de São Benedito)? A catequese que você nos propiciou ontem é baseada em que?
Adriana: Primeiro é como aquilo que eu disse ontem, “o bom garçom é aquele que fala, que oferece o prato que ele já experimentou”. Não adianta você falar de uma coisa que você não experimentou, você vai falar um pouco superficialmente. Uma vez que você já experimentou você fala, “é bom”, “vale a pena”, enfim. 2009 foi um ano de muitas vitórias pra mim, eu fui bem clara e bem objetiva lá (referindo-se ao show) nesse testemunho de vida pessoal, não para dizer para as pessoas que eu sou melhor, mas pra dizer que é possível e que vale a pena, sobretudo. Então, ontem eu acho que tive a graça, primeiro porque eu já me senti em casa em Bragança, não é a primeira vez que eu venho. Depois, é aquele negócio... quando você vem a primeira vez, você fica um pouco tímido. Aqui em Bragança, eu me sinto super bem, eu já me sinto muito em casa. É falar da realidade. E outra... O mundo está vindo com uma avalanche de coisas para a Juventude e a gente tem que ir com uma avalanche da Palavra de Deus. A gente tem que combater isso. E a gente só combate testemunhando, falando a verdade. Falando “é por aí, é esse caminho”. Não sou melhor do que ninguém, mas eu caminhei por esse caminho e eu digo pra você que vale a pena. A gente não prepara um discurso pra noite. Tanto é que a nossa oração antes é para nós que sejamos os primeiros a experimentar tudo aquilo que Deus tem, porque a gente não sabe aquilo que Deus vai conduzir. Mas ontem o Espírito Santo conduziu daquela maneira. Eu não sei dizer pra você se é, ou o porquê. Mas tem coisas que a gente percebe e eu já estava muito em casa em Bragança, eu estava entre amigos. E eu podia falar desse prato que eu experimentei. Foi uma coisa espontânea. Foi uma partilha espontânea, como se eu tivesse na sala da minha casa, com os meus amigos e dizendo “olha, vale a pena, vamos juntos, vamos caminhar, é por aí!”
Dário: Tinha muitos evangélicos no seu show ontem?
Adriana: Ah é?! (surpresa e alegre) Que maravilha. Fico feliz. Fico muito feliz.
Dário: Mensagem para os fãs de Bragança, os fãs no sentido também da evangelização, que experimentaram na sua voz, na poesia da sua canção um pouco da Palavra de Deus musicada. O que é que você diz e deixa para eles?
Adriana: Primeiro, eu quero agradecer a oportunidade que Deus me deu de estar mais uma vez em Bragança e poder estar falando com vocês dessa forma. Eu quero louvar a Deus por essa oportunidade. Segundo, dizer que a gente está aí junto, não é? Nós viemos só pra dizer que estamos juntos, no mesmo caminho, com o mesmo objetivo, indo pro mesmo rumo que é o céu. Desde o começo do show ontem eu dizia sobre isso. Nós estamos aqui correndo atrás daquilo que não passa. Com tudo isso, com todas as adversidades, nadando contra a maré desse mundo, mas com o mesmo objetivo de chegar ao céu, de lutar até o céu, de prepararmos o caminho para o céu. Então, eu desejo profundamente que as mensagens que nós trouxemos, que nós experimentamos ontem e que nós pudemos partilhar juntos, que elas os motivem, que elas os levem, que elas os conduzam e os façam perseverantes e constantes para esse caminho, para esse projeto de Deus que Deus nos fez partilhar ontem. Eu queria agradecer profundamente e dizer que a gente vai, segue as missões, mas deixando um pouco de nós e levando muito do coração (feliz, com risos de contentamento!) do povo de Bragança, na certeza de que nós deixamos aqui o nosso coração agradecido a Deus pela oportunidade.
Dário: Que bom! Obrigado, Adriana de coração.
Adriana: Obrigada eu...

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